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quarta-feira, novembro 02, 2005

Viagem inesquecível

Stressada. Uma corrida constante a contra relógio. Uma rotina metodicamente estudada.

Como sempre poucos minutos para me meter de Entrecampos às Picoas. Desço as escadas duas a duas na esperança de apanhar o metro que tinha acabado de chegar à gare. Cheio! Já era de prever, cheio com o stress das vidas rotineiras como a minha…

Fiz um esforço para conseguir entrar. Depois de mim ainda devem ter entrado mais umas dez pessoas, empurraram, enlataram, um frenesim de corpos a tocarem-se.

Sou obrigada a rodar sobre mim para conseguir ficar virada para a porta, vou necessitar de fazer força para sair, como se fosse nascer…

Nesse movimento o meu corpo roça no de alguém que reage, tenta afastar-se mas não tem espaço, deixando-me sentir que se tinha entesado, olhei…Era um homem discreto, bem parecido, com ar charmoso, sexy, demasiado sexy, aprumadinho, bem cuidado, perfumado, um cavalheiro e dos seus lábios saiu um quase silencioso desculpe, dos olhos um apelo a algo mais. Num impulso não resisti a roçar-me um pouco mais, não houve queixa, nem indignação, como desejei ele encaixou-se bem em mim, estava a roçar-se em mim e toda eu vibrava…

O som ensurdecedor do metro no túnel, o murmurinho das vozes em sobreposição, a falta de luz, o calor de tantos corpos, a excitação a desafiar-me, o desejo de cometer uma loucura, dei por mim a pensar «Porque não?». Levei a mão atrás como se procurasse algo no bolso e aventurei-me a abrir-lhe o fecho das calças, senti-o a entesar-se ainda mais…Comecei a acaricia-lo suavemente, aproveitava a oscilação do metro para o masturbar a um ritmo fantástico e o meu corpo reagia com loucura, a excitação atingia pontos altos. Senti a minha mão um pouco mais molhada, era sinal de que também ele estava a gostar da experiência de ter uma estranha a masturba-lo. Retirei-a, falsifiquei um espirro e levei a mão à boca para lamber aquele pequeno brinde, molhei-a mais um pouco e voltei a introduzi-la pelo buraco deixado pelo fecho aberto. Agora, mesmo com o incomodo das roupas, a posição, a mão escorregava melhor Enlouquecia por me saber no metro, apinhado de gente, a acariciar um estranho cheio de tesão e procurei gozar o momento, meti a outra mão no meu bolso e achei maneira de me tocar. Estava cheia de tesão, que tesão me estava a dar…

Senti-o a chegar-se mais a mim e sussurrou-me ao ouvido «Não vou conseguir aguentar-me se a menina não pára…» Parar? Porque haveria de parar se ambos estávamos a gozar tanto?! Estava quase a vir-me, porque não haveria de o fazer até ao fim? E aquele menina que me soou ao ouvido fazia-me acaricia-lo ainda mais, queria faze-lo vir. E assim aconteceu e acabei por me vir ao mesmo tempo. Dois estranhos com o mesmo timing. Ouviu-se a voz mecânica da senhora do metro, próxima e ultima paragem Rato… Perdi-me na viagem, tinha de voltar para trás. Saímos do metro, ia-mos para lados opostos, olhei-o, dei-lhe um sorriso e disse-lhe «O resto de um bom dia para si, senhor…». Gentil, como parecia ser, retribuiu-me com um olhar doce e meigo «igualmente, até um outro dia menina…».