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quarta-feira, outubro 11, 2006

Um simples vestido...

Era cedo, as lojas tinham aberto há pouco tempo, tendo poucos visitantes e onde a música imperava sem os tumultuosos ruídos causados pelas multidões que as enchem... Estava na bershka, não costumo lá comprar muita coisa, mas passo sempre por lá, divirto-me com algumas roupas que vejo... Não procurava nada em concreto, limitava-me a olhar as roupas para passar o tempo e para me manter abstraída... vi umas quantas camisolas que me agradaram e ao lado, um vestido simples. Demasiado simples para a casa em questão. Agarrei nele. Um vestido de malha preta, manga cavada, decote redondo um pouco subido, sem a hipótese de ver o risco do início do peito, linhas direitas, com um pequeno laço centralizado na zona que serve de base à sustentação do peito e macio ao toque... Prendeu-me o olhar o tempo suficiente para o conseguir descrever, mas não me apaixonei por ele, como por norma acontece com as roupas que escolho, não as tenho porque estão na moda, ou porque me podem acentar como uma luva, tenho-as porque me apaixono por elas... Continuei a andar pela loja, deitando um olhar pouco atento a tudo, mas aproveitando a música que tocam, o rock-funk que me faz dançar dissimuladamente pela loja... experimentei duas camisolas, não gostei, sai do provador e tornei a passar pelo vestido, voltei a achar muito simples para a loja em que estava e decidi experimentar... Por norma não gosto dos provadores, a música revela-se demasiado alta e fico sempre com demasiado calor nos pequenos cubículos fechados com uma espessa cortina, mas neste dia...

Comecei a despir-me, descalcei os botins, desapertei as calças, quando dei conta já estava só com as cuecas e soutien, olhei-me como já há muitos dias não me via, o corpo reclamava a atenção que durante tantos dias negligenciei... coloquei o vestido, ficou um pouco acima do joelho, não demonstrava nadinha do peito, mas sem saber porquê mexia comigo... A música mantinha uma batida fenomenal e o calor começava a dar conta de mim. Os pensamentos foram fulminantes, imaginei-te a subir as mãos pelas minhas pernas, pelas minhas coxas, a agarrarem as minhas nádegas e incendiei-me de desejo... A música fazia o meu corpo pulsar , afastei a cueca para o lado e por baixo do vestido comecei a acariciar-me. Soube-me tão bem sentir a tesão a apoderar-se do meu corpo... Comecei a ficar molhadinha, com uma mão por baixo do vestido e com a cueca puxada para o lado masturbava-me com a vontade de enfiar os dedos pela cona, mas negava-me a isso, com a outra mão forçava o justo e redondo decote a deixar a minha mão entrar para beliscar os mamilos e assim me comecei a masturbar naquele pequeno cubículo de espelhos apenas fechado pela grossa cortina... Rapidamente a tesão começou a escorrer-me pelas pernas. Rodeada dos espelhos, apoiei uma perna no pequeno banco de apoio e comecei a foder-me com um dedo, depois dois até que me deliciei com três dedos na cona, afinal andava cheia de tesão e nem pensava nela, mas ali nos pequenos provadores da bershka masturbava-me como se não suportasse mais a loucura daquela tesão... e fodi-me até me vir...Foi a loucura total, tudo por culpa de um simples vestido...


terça-feira, outubro 10, 2006

Uma chamada perdida e o que ficou por dizer...

Nestes dias em que ando tão fechada em mim mesma, com a necessidade extrema de um bálsamo que me acalme, que me tire por momentos da vida que me sufoca, penso em ti... Não com a louca paixão que por norma me levita ao mundo de fantasia que tão habilmente criei, mas como se pedisse clemência, como se fosses a cura para uma dor emocional dilacerante que me consome o espírito e toda a força que me resta...

Aninhada em mim mesma tento fugir do mundo que tanto me obriga a dar, sem se preocupar se me sinto cansada, exausta... Do meio do nada, lembrei-me de um pequeno pedaço de um dos mails que me enviaste “ Tenho o portátil à frente e escrevo-te rodeado de livros, no sítio da casa onde muitas vezes me consigo evadir, sobretudo pela leitura que para mim é um imenso bálsamo.” E assim senti onde podia buscar um pouco de paz para o meu espírito. Agarrei no livro que me ofereceste, que tenho na mesa-de-cabeceira, que me diz boas noites sempre que me deito sem nunca o ter desfolhado...

Já o deveria ter lido há mais tempo, porque foste tu que me o deste, porque me educas, porque me civilizas quando me esqueço o que é o mundo exterior a este pequeno mundo que vivo, mas passaram-se os dias, os meses, e o livro mantinha a virgindade típica de um livro de estante bem conservado, sem o prazer de ser lido. E se mereceu desfolha-lo! Por 3 dias a minha dor acalmou perdida por essa Terra Bendita que me ofereceste, deixei-me levar pela simplicidade de algumas passagens, derramei algumas lágrimas não da minha dor, mas do prazer de entrar na história que lia e me cativava, da vida descrita que os meus olhos devoravam...

Eram 4:30 da manhã quando o acabei, satisfeita, orgulhosa de mim, sorridente por me teres dado um livro tão certeiro, que me arrebatou desde o primeiro até ao último capítulo... Ainda não me sinto em condições, embora uma chamada perdida dê sinais de melhorias, ou talvez tenha sido uma tentativa tímida para te dizer, que mais uma vez, embora ausente, amparaste-me na minha fraqueza, mitigando esta dor emocional e como não te o pude dizer, escrevo-o...